terça-feira, 7 de dezembro de 2010


Sementes


  A semente é o fator principal no processo de produção de mudas, já que representa um pequeno custo no valor final do processo e tem uma importância fundamental no valor das plantações. Portanto, um cuidado especial deve ser tomado com a produção e a aquisição de sementes, levando sempre em consideração a qualidade, a diversidade (de espécies e genética) e a regularidade para o abastecimento do viveiro.

Sistemas de produção de carvão vegetal
             Para a produção de carvão vegetal é necessária a aplicação de calor sobre a madeira em quantidade suficientemente controlada para que ocorra apenas a sua degradação parcial. As variações que ocorrem nos processos de produção ficam por conta do dimensionamento do tamanho e capacidade de produção dos equipamentos, materiais construtivos, níveis de controle do processo e origem do calor necessário para o aquecimento da carga de madeira a ser convertida em carvão.   Os sistemas de produção de carvão vegetal podem ser classificados em dois grupos, que se diferem no que diz respeito à origem do calor para o processo:
  Sistemas com fonte interna de calor ou por combustão parcial: nestes sistemas o calor é fornecido mediante a combustão de parte da carga destinada para a carbonização. Neste caso, cerca de l0 a 20% do peso da carga de madeira é "sacrificada" mediante combustão total, gerando o calor necessário para o processo. A queima é realizada através da admissão controlada de ar no interior do forno. É um processo predominantemente artesanal, sendo mais difundido em países do terceiro mundo.
  Sistemas com fonte externa de calor: nestes sistemas o calor é fornecido a partir de uma fonte externa (aquecimento elétrico, introdução de calor na carga pela queima externa de combustíveis sólidos, líquidos ou gasosos). Neste caso não há a queima de uma parte da carga para a geração de calor necessário ao processo. Toda madeira é teoricamente convertida em carvão vegetal, o que resulta em um maior rendimento do processo.
           No Brasil o sistema de produção de carvão vegetal mais comumente utilizado é o de fonte interna de calor, devido ao seu baixo custo de instalação e manutenção, compensando, assim, a baixa produtividade alcançada. O carvão vegetal brasileiro ainda é hoje produzido, em sua maior proporção, da mesma forma como o era há um século. A tecnologia é primitiva, o controle operacional dos fornos de carbonização é pequeno, e não se pratica o controle qualitativo e quantitativo da produção. Novas tecnologias estão totalmente disponíveis, mas devido a baixa capitalização dos produtores brasileiros e aos riscos de produção associados as tecnologias desconhecidas, a produção de carvão no país ainda é arcaica (BRITO, 1990). 

Semeadura


  No viveiro, a semeadura, ou a colocação da semente para germinar, pode ser realizada de forma direta ou indireta: 
a) Semeadura indireta (sementeira) : quando as sementes são muito pequenas e com baixa taxa de germinação. Esse método apresenta como principal vantagem o maior aproveitamento das sementes. No entanto,apresenta como desvantagem a necessidade de maior quantidade de mão de obra para as operações de transplante. 
b)Semeadura  direta: quando as sementes são grandes e possuem taxa de germinação conhecida e não muito baixa. Deve-se colocar mais de uma semente por embalagem para, posteriormente, realizar o raleio, deixando uma  muda por embalagem. Em relação à semeadura indireta, esse método apresenta como principal vantagem a menor necessidadede mão de obra, além de evitar possíveis danos causados nas mudas durante o transplante.
  Em ambos os casos, deve-se cobrir o canteiro  com tela plástica (sombrite) ou outro material (por exemplo, palha de coqueiro), para proteger as plântulas contra o sol forte. Esta proteção será desnecessária se as sementeiras ou embalagens ficarem sob a sombra natual de árvores.
De maneira geral, as sementeiras são construídas com  80 a 100 cm de largura e com um comprimento variável. Possuem como substrato a areia média  com uma camada de aproximadamente 15 a 20 cm de altura. As sementeiras podem ser  construídas diretamente sobre o solo ou suspensas  sobre mesas ou bancada. Quando construídas diretamente sobre o solo, é recomendado o uso de brita entre a areia e o solo para melhorar a drenagem e evitar o enraizamento das mudas no solo.
  No caso da semeadura indireta, quando as plântulas atingirem de 5 a 10 cm de altura, deve ocorrer a repicagem, ou seja, a transferência das mudas para embalagens, com cuidado especial para a raiz manter-se reta, pois se enrolar a ponta, a  planta poderá não se desenvolver adequadamente. Para evitar erros, siga os seguintes passos:  a) as plântulas devem ser retiradas delicadamente da sementeira recém-molhada;  b) Em seguida devem ser colocadas em recipiente com água;  c) as embalagens que receberão as plântulas devem estar úmidase com um orifício com profundidade suficiente para acomodar as raízes;  d)as raízes das plântulas devem ser  podadas se estiverem com tamanho excessivo e colocadas no orifício da embalagem;  e) a terra ao redor do orifício deve ser pressionada de forma a evitar a formação de bolsas de ar;  f) após estas operações, a muda deverá ficar em local abrigado da luz direta, sob sombrite ou copa de árvores e ser mantida ali por 7 a 15 dias com regas suaves e frequentes.

Fornos de carvoejamento “rabo-quente”


                              
  O forno recomendado refere-se ao “Rabo Quente” comumente utilizado na região nordeste, este tipo de forno é construído com tijolos maciços e barro, material facilmente encontrado na zona rural.   O forno “rabo-quente”, conforme modelo padrão, apresenta as seguintes dimensões: 3,50 m de diâmetro; 2,50 m de altura; proporcionando-se maior resistência e durabilidade. O controle do ar no processo de queima é realizado mediante três fileiras de orifícios localizadas na base (tatus), a 0,80 m e a 1,60 m de altura (baianas). Para a construção desse forno será gasto aproximadamente e 2,5 milheiros de tijolos (20 x 10 x 5 cm) e barro. A construção desse forno não exige ferramentas especiais além daquelas comumente utilizadas para trabalhar a terra e misturar a argamassa, a exemplo de pás, enxadas, colher de pedreiro.

sábado, 30 de outubro de 2010

Localização do Viveiro


A escolha do local para a construção de viveiros para produção de mudas florestais nativas deve satisfazer algumas condições a fim de aperfeiçoar a ocupação do terreno, minimizar custos de implantação, e assegurar que as futuras instalações ofereçam condições para um bom manejo. Para tal, o terreno escolhido para implantação do viveiro deve: 
a) apresentar baixa declividade (0,2 a 2%) ; 
b) ser aberto, evitando-se o sombreamento excessivo; 
c) conter água limpa em abundância; 
d) ter boa drenagem do solo; 
e) ter energia elétrica (caso necessite bomba de irrigação); 
 f) ser de fácil acesso para pessoas e veículos; 
g) apresentar mcanismos de proteção contra animais e ventos (quebra-ventos).

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Produtos obtidos através da carbonização da madeira


1) Produtos    Gasosos
Parte dos produtos gasosos produzidos durante o processo de carbonização da madeira pode ser condensada, o que permite a obtenção de um liquido composto por duas frações: O Licor Pirolenhoso e o Alcatrão.
ð  Licor Pirolenhoso
     É a fração aquosa do líqüido condensado, de cor marrom, sendo constituído de pelo menos 80% de água. O restante da sua composição apresenta uma gama de dezenas de componentes químicos, com destaque para o ácido acético, o álcool metílico e a acetona. A recuperação industrial desses produtos, praticada há muitas décadas, veio sofrendo forte declínio ao longo do tempo, em função do surgimento de novas alternativas para suas obtenções. Principalmente na Europa, no entanto, ainda existem indústrias que fazem esse tipo de recuperação. No Brasil, a utilização do licor pirolenhoso tem recebido destaque no campo da agricultura orgânica e natural. Nesse contexto, há indicações práticas de que a sua aplicação, quando convenientemente diluído em água, trás benefícios para as culturas agrícolas. Além disso, o interesse pelo produto é decorrente do seu reduzido nível de toxidez, protegendo, dessa forma, a saúde do agricultor, bem como a do consumidor. 
ð  Alcatrão
É também conhecido como fração oleosa ou pesada do condensado, apresentando coloração negra. É composto também por dezenas de produtos químicos, mostrando-se mais denso e viscoso que o licor pirolenhoso, do qual se separa, em sua maior parte, por simples decantação. As principais referências de uso para o alcatrão são: como combustível; como matéria-prima para obtenção de fenóis para fins químicos e farmacêuticos; como preservativo de madeira, na produção de solventes, tintas e vernizes etc. Se no exterior a maior ênfase é para usos químicos, no Brasil, a sua recuperação tem sido conduzida desde a década de 80, para uso como combustível em fornalhas.

2)    Gases não condensáveis
Corresponde à fração não condensável da fumaça oriunda da carbonização, e que apresenta gás carbônico, monóxido de carbono, hidrogênio e hidrocarbonetos como seus principais componentes. Sua principal utilização seria como combustível no próprio processo de carbonização.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Produção de mudas em viveiros florestais


Viveiros florestais são locais destinados à produção de mudas de espécies arbóreas, nativas ou exóticas, que serão utilizadas para programas de reflorestamento em larga escala, para reflorestamento em pequenas propriedades, para recuperação de áreas degradadas, ou, ainda, para arborização urbana ou paisagismo. Assim, com base na destinação final das mudas produzidas, nas espécies que serão trabalhadas e na área disponível para produção, cada viveirista deverá realizar o seu próprio planejamento para instalação e manutenção do viveiro florestal. Apesar de que cada viveiro deverá apresentar as suas características próprias, alguns critérios básicos, como a localização, o tipo e a procedência das sementes utilizadas, os tipos de embalagem e de substrato, e os tratos culturais, devem ser considerados para o sucesso do empreendimento  e a produção de mudas de qualidade.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Produção de carvão vegetal



A carbonização da madeira constitui no processo pelo qual este material é submetido a um tratamento térmico em ambiente onde a temperatura e a presença de ar são controlados. Nos processos mais simples, a carbonização é conduzida de forma artesanal sobre a madeira confinada em equipamentos geralmente construídos em alvenaria ou metal. São os chamados fornos de carbonização, sendo os de alvenaria os mais comuns no Brasil. Em diversos outros países, empregam-se as chamadas retortas, equipamentos geralmente construídos em metal, onde a carbonização é conduzida sob regime totalmente industrial, com elevado nível de controle de processo. Durante a carbonização ocorre a decomposição da madeira pelo efeito da temperatura, resultando uma fração sólida, o carvão vegetal, e uma fração gasosa, que é eliminada como fumaça. Parte dessa fumaça pode ser condensada mediante resfriamento. O carvão vegetal é o resíduo sólido da carbonização da madeira, caracterizado por ter coloração negra brilhante, ser poroso e apresentar uma maior concentração de carbono do que o material que o originou. É utilizado principalmente como termo-redutor na indústria siderúrgica e metalúrgica; na forma de carvão ativado para fenômenos de absorção; como matéria prima para sínteses químicas etc.